
Os buscadores da Nova Era constituem hoje, sem dúvida uma vanguarda ecumênica. Basicamente, eles intuem que as respostas para esta época não podem ser encontradas de forma mais limitada no tempo e no espaço. Por isto eles são viajantes transculturais e internacionais, aproveitando e aprofundando assim uma tendência de época.
Estes buscadores são daí naturalmente universalistas, de uma forma mais intensa que os defensores dos credos e religiões que, a seu modo, possam porventura pretender o ecúmeno. Procuram aqui e ali, e geralmente se afixam, como seria natural, sobretudo a filosofias de um modo ou de outro também em si universalistas.
“Ecúmena” vem do grego oikoumena, que significa “toda a terra habitada.” Diz respeito, pois, aquilo que conflui com todos, com o universal. Contudo, um dos grandes problemas do universalismo emergente, é que ele se depara com tradições antigas e esvaziadas.
É bem sabido que, pese o caráter nacionalista que, por imperativo ético, as religiões antigas mantinham, internamente estas culturas primavam pelo universal –no caso, um ecumenismo de natureza solar ou interna, como veremos–, a ponto de gerar, nos seus momentos de decadência, o panteísmo e muitas outras crendices e superstições, representando a etapa mais burda da difusão de saberes iluminados, entregues a mentes menos capazes nas épocas menores da História. E é nestas etapas finais que muitas vezes se acham as culturas, quando chegam a se abrir para o mundo.
Ainda assim, elas sempre têm muito a dar, a partir de alguns espíritos guardiães e, desde fora, através dos buscadores mais sinceros e apaixonados. Nisto, um dos aspectos de amadurecimento, é quando o movimento externo do ecumenista moderno, tempera o espírito anárquico com o de hierarquia, e se equilibra de forma madura pela defesa da Tradição, não nos seus dogmas inevitáveis, mas em suas verdades sagradas capaz de ser reveladas e difundidas, adotando e sendo adotado por uma cultura, e constituindo assim uma resistência cultural sólida. De fato, uma das grandes tarefas de toda a vanguarda ecumênica, é a defesa intransigente da tradição.
Isto pode também levar um tempo limitado, pois o buscador não raro leva consigo o sentido de dever com suas raízes, ainda que incipientes, de modo a levar a elas algo do que aprendeu.
Como um peregrino cultural, o ecumenista maduro encontra verdades preciosas em muita parte, e é assim que ele vai desenvolvendo as suas sínteses e recompondo um todo. Talvez mais num plano espiritual do que intelectual. Pois este poder ativo de união, tende a requerer já um espírito maduro.
O Universalismo Solar
O Universalismo Solar é a verdadeira vanguarda do Ecumenismo. O caráter “solar” é alcançado, no momento em que uma síntese é encontrada.
Em contraparte ao universalismo “lunar” dos buscadores, assim chamado porque se exerce desde fora para dentro –e por isto não raro encontrando contradições–, o aspecto solar dos iniciados é inteiramente composto de sínteses e paralelos.
O espírito solar é alcançado, não apenas pela comparação profunda, mas sobretudo pela realização espiritual plena em alguma corrente, que também pode se dar dentro de escolas novas ou reformadas.
No momento em que um espírito se realiza, ele organiza métodos e sistemas espirituais. E considerando que tudo possui as mesmas bases originais, este iniciado também pode reencontrar os arcanos perdidos.
O iniciado exercita-se naturalmente na síntese e no resgate dos saberes profundos, encontrando paralelos entre todas as coisas, assim como dimensões insuspeitas. E quando não descobre uma identidade precisa, esboça pelo menos uma aproximação satisfatória entre todas as culturas e religiões. Ele busca ver tudo a fundo, e descobre sempre caminhos para o comum e o semelhante –sem com isto pretender nivelar a tudo, mas pelo menos ensaiando caminhos para a aventura da unidade.
Isto pode ser realizado no foro de diferentes instituições –interreligiosa, interpolítica, intercultural, interracial, etc. Da mesma forma, também se pode buscar confluências internas entre todas as ramas, tornando-as complementares entre si. Esta unidade é própria do universalismo solar, revelado e iluminado.
A partir destas potencialidades universais, um iluminado pode ainda efetuar uma reforma, tal como se espera em nossos tempos do Cristo enquanto instrutor mundial. E com isto teremos a unidade social, a pluralidade cultural, a integração racial e a tolerância religiosa plenas. E deste modo, construir a verdadeira civilização, onde tudo está aberto a todos, em toda parte e sempre.
Temos demonstrado já a forma como o ecumenismo espiritual é capaz de congregar organicamente a todas as religiões, dentro do modelo do homem planetário (considerando as características principais de cada religião) e, a partir disto, formular caminhos para a experiência individual múltipla e progressiva; naquilo que seria uma autêntica religião ecumênica organizada. É claro que isto sempre terá algo de esquemático, uma vez que todas as culturas apresentam muitos níveis. Ainda assim, num plano mais geral, não será difícil observar a excelência de cada uma e sua mútua complementaridade.
O ecumenismo perfeito, respeita profundamente o próximo, buscando auxiliá-lo com sua própria luz. Possui já uma tônica relativamente auto-centrada ou equilibrada, pois se capacita já a organizar um todo, sabendo não necessitar tanto do movimento para fora, ao mesmo tempo em que deve tratar de proteger aquilo que tem conquistado, na defesa contra a ignorância e a barbárie, a tirania e a espoliação. É isto que gera, enfim, as fronteiras da cultura, as ilhas de perfeição, as idades de ouro.
O despertar de valores superiores, deve ser um motivador definitivo para as organização do universo cultural.
Estes buscadores são daí naturalmente universalistas, de uma forma mais intensa que os defensores dos credos e religiões que, a seu modo, possam porventura pretender o ecúmeno. Procuram aqui e ali, e geralmente se afixam, como seria natural, sobretudo a filosofias de um modo ou de outro também em si universalistas.
“Ecúmena” vem do grego oikoumena, que significa “toda a terra habitada.” Diz respeito, pois, aquilo que conflui com todos, com o universal. Contudo, um dos grandes problemas do universalismo emergente, é que ele se depara com tradições antigas e esvaziadas.
É bem sabido que, pese o caráter nacionalista que, por imperativo ético, as religiões antigas mantinham, internamente estas culturas primavam pelo universal –no caso, um ecumenismo de natureza solar ou interna, como veremos–, a ponto de gerar, nos seus momentos de decadência, o panteísmo e muitas outras crendices e superstições, representando a etapa mais burda da difusão de saberes iluminados, entregues a mentes menos capazes nas épocas menores da História. E é nestas etapas finais que muitas vezes se acham as culturas, quando chegam a se abrir para o mundo.
Ainda assim, elas sempre têm muito a dar, a partir de alguns espíritos guardiães e, desde fora, através dos buscadores mais sinceros e apaixonados. Nisto, um dos aspectos de amadurecimento, é quando o movimento externo do ecumenista moderno, tempera o espírito anárquico com o de hierarquia, e se equilibra de forma madura pela defesa da Tradição, não nos seus dogmas inevitáveis, mas em suas verdades sagradas capaz de ser reveladas e difundidas, adotando e sendo adotado por uma cultura, e constituindo assim uma resistência cultural sólida. De fato, uma das grandes tarefas de toda a vanguarda ecumênica, é a defesa intransigente da tradição.
Isto pode também levar um tempo limitado, pois o buscador não raro leva consigo o sentido de dever com suas raízes, ainda que incipientes, de modo a levar a elas algo do que aprendeu.
Como um peregrino cultural, o ecumenista maduro encontra verdades preciosas em muita parte, e é assim que ele vai desenvolvendo as suas sínteses e recompondo um todo. Talvez mais num plano espiritual do que intelectual. Pois este poder ativo de união, tende a requerer já um espírito maduro.
O Universalismo Solar
O Universalismo Solar é a verdadeira vanguarda do Ecumenismo. O caráter “solar” é alcançado, no momento em que uma síntese é encontrada.
Em contraparte ao universalismo “lunar” dos buscadores, assim chamado porque se exerce desde fora para dentro –e por isto não raro encontrando contradições–, o aspecto solar dos iniciados é inteiramente composto de sínteses e paralelos.
O espírito solar é alcançado, não apenas pela comparação profunda, mas sobretudo pela realização espiritual plena em alguma corrente, que também pode se dar dentro de escolas novas ou reformadas.
No momento em que um espírito se realiza, ele organiza métodos e sistemas espirituais. E considerando que tudo possui as mesmas bases originais, este iniciado também pode reencontrar os arcanos perdidos.
O iniciado exercita-se naturalmente na síntese e no resgate dos saberes profundos, encontrando paralelos entre todas as coisas, assim como dimensões insuspeitas. E quando não descobre uma identidade precisa, esboça pelo menos uma aproximação satisfatória entre todas as culturas e religiões. Ele busca ver tudo a fundo, e descobre sempre caminhos para o comum e o semelhante –sem com isto pretender nivelar a tudo, mas pelo menos ensaiando caminhos para a aventura da unidade.
Isto pode ser realizado no foro de diferentes instituições –interreligiosa, interpolítica, intercultural, interracial, etc. Da mesma forma, também se pode buscar confluências internas entre todas as ramas, tornando-as complementares entre si. Esta unidade é própria do universalismo solar, revelado e iluminado.
A partir destas potencialidades universais, um iluminado pode ainda efetuar uma reforma, tal como se espera em nossos tempos do Cristo enquanto instrutor mundial. E com isto teremos a unidade social, a pluralidade cultural, a integração racial e a tolerância religiosa plenas. E deste modo, construir a verdadeira civilização, onde tudo está aberto a todos, em toda parte e sempre.
Temos demonstrado já a forma como o ecumenismo espiritual é capaz de congregar organicamente a todas as religiões, dentro do modelo do homem planetário (considerando as características principais de cada religião) e, a partir disto, formular caminhos para a experiência individual múltipla e progressiva; naquilo que seria uma autêntica religião ecumênica organizada. É claro que isto sempre terá algo de esquemático, uma vez que todas as culturas apresentam muitos níveis. Ainda assim, num plano mais geral, não será difícil observar a excelência de cada uma e sua mútua complementaridade.
O ecumenismo perfeito, respeita profundamente o próximo, buscando auxiliá-lo com sua própria luz. Possui já uma tônica relativamente auto-centrada ou equilibrada, pois se capacita já a organizar um todo, sabendo não necessitar tanto do movimento para fora, ao mesmo tempo em que deve tratar de proteger aquilo que tem conquistado, na defesa contra a ignorância e a barbárie, a tirania e a espoliação. É isto que gera, enfim, as fronteiras da cultura, as ilhas de perfeição, as idades de ouro.
O despertar de valores superiores, deve ser um motivador definitivo para as organização do universo cultural.
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