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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Mistério da cor vermelha no culto do Espírito Santo


As Cruzes de cavalaria têm comumente a cor vermelha, ou senão o negro. A cor vermelha é aquela que apresenta um vínculo íntimo com o culto do Espírito Santo. É sempre interessante observar conexões desta natureza, uma vez que tal cor também costuma ser associada ao mal, ao materialismo e à própria luxúria.
Contudo, é comum se encontrar esta cor nas igrejas coloniais do barroco mineiro, tanto mais quanto se aproxima das influências orientais (Macau, etc.). De fato, a China antiga foi uma civilização que primou pelo culto a esta cor, onde tinha uma conotação espiritual.
O Japão herdou esta tradição, e mesmo da Índia existem seitas que vêem esta cor como algo sagrado. Sucede que, sendo a cor mais “densa” do espectro (ou de vibração mais lenta), a cor vermelha se presta para representar bastante bem a conexão das coisas materiais e espirituais. Enquanto “limpa” ou “pura”, ela significa a nossa própria carne e sangue, tal como o do próprio Cristo, purificado, consagrado e finalmente, glorificado em Deus.
Por esta razão, esta cor não se apresenta sozinha no culto ao Espírito Santo, mas reunida à cor branca, que é universal. A união de ambas é que garante a “pureza”, além de remeter em seguida ao próprio espectro cromático, oculto ou reunido no branco. E é assim reunidas, que vemos estas cores nas tradições espirituais, seja nas vestes dos Templários ou nas cores da bandeira do Japão. Na medicina tibetana, estas são as grandes cores dos humores humanos, numa espécie de intuição acerca dos glóbulos brancos e dos glóbulos vermelhos que compõem o sangue. Como se sabe, os primeiros têm a tarefa da proteção (“anti-corpos”), e os últimos a da vitalização (oxigenação).
Contudo, na Alquimia, o vermelho representa a etapa final da Opus Magna, que começa com o negro e se centraliza no branco. É que aqui o vermelho já representa o fogo, segundo a máxima alquímica derivada das iniciais INRI, que para os cristãos representa “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”, e para os herméticos “Igni Nature Renovator Integra”, ou seja, “a Natureza se renova pelo fogo”. Temos aqui o fogo do Espírito santo, que é também o sangue sagrado convertido em luz redentora. Na verdade, na análise cientifica das cores, a cor vermelha, ligeiramente modificada, serve ela mesma como alfa-e-ômega, se temos em vista os dois espectros, o químico e o físico.
É somente na situação química que o vermelho representa a cor de vibração mais densa, porque na situação física, a questão simplesmente se inverte! Ou seja: aqui, o vermelho passa a ser a cor de vibração mais rápida, e ultrapassamos definitivamente a esfera dos símbolos. Aqui já não existe sombras, mas somente luz, e certamente a cor se aproxima naturalmente do branco, do qual é a primeira emanação.

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