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quinta-feira, 20 de maio de 2010

A 3ª Guerra Mundial –dita “a Fria”: a Guerra da nossa geração


A 2ª Grande Guerra terminou em 1945 sob as lamentáveis e desnecessárias explosões nucleares sobre o Japão, naquele que é considerado o maior crime de guerra do mundo.
As forças nacionalistas foram a grande derrotada naquele conflito, que depois de findado seguiram sendo perseguidas pelos principais vitoriosos, os Capitalistas e os Comunistas que integram o “materialismo histórico-dialético” do filósofo Karl Marx.
Devido à polarização alimentada pelo nazi-fascismo, muitos Estados nacionalistas e socialistas viram-se forçados a apoiar os Aliados. Mesmo assim, muitas destas nações tiveram, durante a posterior Guerra Fria, a sua soberania violada ao menor sopro de intenção socialista ou capitalista, a depender da esfera-de-influência na qual se encontrassem na Terra.
A Guerra Fria inaugurou a era das guerras “táticas” não-declaradas, um dos sinais da sua hipocrisia. De “fria” nem teve tanto assim, e mantém um número de mortos não-computados, nela tendo se praticado ostensivamente a tortura e o “desaparecimento”, consolidando o seu caráter de “guerra suja”. E sob o pretexto de combaterem-se mutuamente –embora, naturalmente, também o fizessem acérrimamente-, Capitalismo e Comunismo levaram de roldão o Nacionalismo e o Socialismo, quase indistintamente, que são realidades não tão “materialistas” e visam um conceito social de bem-estar, apesar do Nacionalismo ser vulnerável à xenofobia e o Socialismo ser suscetível ao materialismo.
Em 1955 começa o Movimento dos Países Não Alinhados (MNA), com adesão maciça dos países africanos e asiáticos, durante a Conferência Ásia-África realizada na Indonésia. O Islã e o Budismo formaram em bloco, o cerne desta frente de resistência ao “materialismo dialético” imperialista.
Os abusos e excessos da bipolarização mundial, aumentava o descontentamento dos jovens, e na década de 60, a Guerra do Vietnam suscitou controvérsias tais, que culminaram nos protestos generalizados dos estudantes em 1968. Nesta data eclodiram fortes e importantes movimentos, as forças de Esquerda se fortaleceram, mas também teve início o movimento underground. As drogas eram uma opção infeliz para aqueles a quem a política mostrava uma face horrenda ou simplesmente estava vedada, enquanto que a guerrilha, a perseguição política e o exílio não sorriam com melhores perspectivas aos que faziam uma opção mais “engajada”.
O Golpe no Chile em 1973, deu um basta às esperanças de chegar ao socialismo pelas vias democráticas, e muitos intentos pela via armada já haviam sido desbaratadas. Com isto, podemos dizer que começa a se fortalecer um Movimento Alternativo, que alcançou o seu ápice na década de 80, quando também encera a ditadura militar no Brasil, 40 anos após o fim da Segunda Guerra. Foi este um bom momento para as buscas espirituais, e correspondeu ao último auge da Guerra Fria, que teria fim em 1991.
A Morte de John Lennon em dezembro de 1980, representaria para muitos um alerta ante a insanidade crescente da sociedade civil e um chamamento interior (busca do “Graal”), anunciando a escuridão da década que o funesto evento abria, no advento da terre gaste no sentido mais amplo do termo, incrementando também por isto a luta ambientalista.
A “cultura alternativa” é a semente de novos valores e modos de vida, nela estão as sementes das classes superiores de uma sociedade. Na lenda áurea, ela aparece na vida de Jesus sempre que ele se dirige para o deserto, desde que a sua família se refugiou no Egito para escapar das perseguições de Herodes contra os inocentes, que terminaria por vitimar todos os meninos com menos de dois anos. No deserto estavam as comunidades místicas como a dos Essênios (onde vivia João Batista) e dos Terapeutas, aqueles às margens Mar Morto e estes últimos no Egito, foco das buscas espirituais. O Egito era não apenas sinônimo de civilização avançada, mas também de vida espiritual.
O Muro de Berlim caiu já em 1989, anunciando a reunificação da Alemanha em 1990. A partir destes eventos, começou um novo momento mundial, que já ali se anunciava com a entrada em cena de um novo inimigo eleito pelo imperialismo triunfante: o Islã, a partir da Guerra do Golfo de 1990. Estes eventos mereceram aos EUA serem chamados de “democracia imperialista” por parte do papa João Paulo II.
O desfecho deste ciclo de 44 anos (1945-1989), foi preparado por vários agentes e acontecimentos. A Guerra Fria levou a União Soviética a um esgotamento, o que chegou num ápice sob a catástrofe ambiental de Chernobil (1986), que alcançou a Europa Ocidental e desativou a maior área agrícola da União Soviética, além de contar com a política anti-soviética da Igreja de João Paulo II.

Acontecimento ocultos

O final da Guerra Fria, também foi anunciado por certos eventos espirituais sucedidos nos seus últimos anos. Em 1987 foi divulgada a ocorrência de um importante evento denominado “Convergência Harmônica”, durante o qual “o Céu e a Terra tornaram-se Um (...) através dos esforços unificados de toda a Companhia do Céu e dos Trabalhadores da Luz em todo o mundo” (www.caminhosdeluz.org/A-196.htm). Tratava-se de uma aproximação simbólica do centro da Hierarquia de Luz com o centro especial da Humanidade dos Novos Servidores do Mundo. O ano seguinte foi marcado por acontecimentos ocultos igualmente significativos ao nível da Hierarquia, a ponto de, para dois conhecidos Servidores da Luz brasileiros, a data passar a ser considerada “o início da nova Era”. O evento pode estar relacionado à chegada do Cristo, anunciada através de Alice A. Bailey para suceder “em torno de 1980 se tudo ocorrer conforme o previsto”. O GOM –“Governo Oculto do Mundo”, ligado à Loja Branca-, tem muitas formas de atuar e ajudar a humanidade, e uma delas é a simples iluminação dos Mestres, atuando como o acender uma luz num quarto escuro. O resultado difuso é imediato e pode ser sentido no mundo todo.
Pode-se notar que a somatória estes eventos finais, resultaram numa mudança considerável da atmosfera psíquica no planeta. A obscuridade e a ausência de esperanças dos anos 80, estava representada nas modas e nos modismos quase invariavelmente negros que ali se desenvolveu. Mas com a chegada da década de 90, a esperança subitamente se renovou, eclodindo de imediato o boom da literatura de auto-ajuda que sinalizava de modo pontual a redespertar das consciências.
Por esta razão, na seqüência de tudo isto, a “Rio 92” também sinalizava um dos aspectos mais positivos dos novos tempos. E aos poucos, o nacionalismo também retoma o seu lugar na História -este que é o sistema social mais autêntico da presente época do mundo-, e hoje se fortalece na América Latina.

Acontecimento principais da “Guerra Fria”

Abaixo, arrolamos alguns dos mais importantes eventos do período da “Guerra Fria”, que durou “oficialmente” de 1945 a 1991.
1947. Libertação e independência da Índia, sob a estratégia vitoriosa de resistência civil do Mahatma Gandhi. A Índia irá se tornar uma liderança entre os Países Não Alinhados.
1949. Revolução Chinesa é vitoriosa. Mao Tsé-Tung vence as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek ao cabo da longa Guerra Civil Chinesa (1926-1949).
1950. Invasão chinesa do Tibet, uma área estratégica e vulnerável.
1950-1953. Guerra da Coréia, que dividiu o país, uma situação que ainda perdura.
1955. Organização do Movimento dos Países Não Alinhados.
1959. Revolução Cubana é vitoriosa. Em 1979, Fidel Castro preside o Movimento Não Alinhado.
1959. A Fuga do Dalai Lama consolida a queda do sagrado bastião tibetano, inaugurando a diáspora tibetana e a difusão desta rama de budismo pelo mundo.
1959-1975. Guerra do Vietnam, com a derrota final americana no maior confronto armado que os EUA se envolveu.
1962. A chamada “Crise dos Mísseis” centralizada em Cuba, eleva a um auge as tensões no mundo bipolarizado.
1964-1984. Golpe e Regime Militar no Brasil, país estratégico que serviu de base para a proliferação de golpes-de-estados na América do Sul.
1968. Inúmeras manifestações, sobretudo estudantis, contra os regimes autoritários. Assassinatos de Martin Luther King e de Robert Kennedy, sob o recrudescimento do maccarthismo.
1973. Golpe no Chile, finalizando as expectativas democráticas pós-socialistas. Técnicas nazistas são empregadas ali e na Argentina (Golpe de 1976), sob a cooptação dos oficiais nazistas refugiados nestes dois países que hesitaram em apoiar os Aliados.
1978-2005. Pontificado do Papa polonês João Paulo II (Karol Wojtyla), combatente diplomático e espiritual do regime e dos interesses soviéticos.
1979-1989. Invasão soviética do Afeganistão, que termina com a retirada humilhada dos russos.
1980. A Morte de John Lennon, desencadeia uma conscientização tácita da crise espiritual global, e toda uma geração “alternativa” sente ali a orfandade e começa a repensar as suas atitudes.
1986. Desastre ambiental de Chernobil, anunciando “o começo do fim”
1987-8. Convergência Harmônica e “Nova Era”.
1989. A Queda do Muro de Berlim encerra uma era da História e reacende de vez as esperanças da Humanidade.
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